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A propósito do quê? Parte 1

A propósito do quê? Parte 1
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jul. 27 - 4 min de leitura
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Um reflexão sobre comunidades, propósito, produção de conteúdo na contemporaneidade.

Uso a palavra contemporaneidade porque sinceramente não sei mais que título dar para um momento de tantas mudanças. Anunciado e não controlável, um tempo onde essas mudanças de paradigmas  já vêm sendo estudadas há alguns anos, no sentido de tentar prever e se adequar a nova forma de fazer. 

Ontem achei um caderno meu de um curso de gestão que fiz há uns 2 anos atrás com a Bruna Baffa na Perestroika e muito já se falava de comunidade. Comunidade é um conceito muito amplo, agora aqui aplicado na lógica de mercado de comunicação. Principalmente dentro do contexto de produção de conteúdo. Ou seja, um contexto beeem específico. 

Mas, como boa estudiosa e aprendiz da vida, gosto de organizar os conceitos, estruturar os contornos para poder refletir e deixar meu pensamento fluir dentro dessa realidade mutável e imprevisível em que vivemos. Criando meu próprio ponto de vista. 

Bueno, vamos aos contornos. 

Para entendermos um pouco mais da situação que nos encontramos hoje e refletirmos mais profundamente sobre o que queremos criar enquanto humanidade, eu trago aqui alguns pontos:

Comunicação é uma habilidade humana de fundamental importância para o desenvolvimento das relações saudáveis. Uma tecnologia ainda em exploração, que se constitui da capacidade de saber ouvir, processar emoções, sentimentos e ideias e expressá-las em uma construção verbal, ou não verbal, que gere algum sentido e emita uma mensagem.  

O mercado de comunicação é um conjunto de pessoas que trabalham com os diversos meios de comunicação, para transmitirem mensagens de ideias, projetos, revoluções ou manipulações para outras pessoas. Essas últimas consideradas consumidores, de ideias, projetos, revoluções ou manipulações.

Considerando que estamos falando de criação de conteúdo, porque é importante trazer esses contornos para uma reflexão sobre propósito e comunidades? Porque acredito que para saber escolher para onde vamos, é necessário entender de onde viemos e onde estamos. 

Então, se estamos dentro desse mercado de comunicação. Eu gostaria primeiramente de questionar: estamos dentro do mercado de comunicação? Ou somos o mercado de comunicação? Nós, as pessoas, os humanos. Não acredito que exista uma entidade viva chamada “mercado de comunicação” que seja capaz de pautar as nossas escolhas como indivíduos e coletivos cocriadores desse mercado.

Acredito que este mercado é uma rede de relações de seres humanos que buscam desenvolver a comunicação humana nas suas mais variadas formas, só que muitas vezes, temos a tendência de seguir de forma automatizada e perpetuando um esquema de relações, crenças e consumo, sem nem ao menos nos questionarmos sobre para onde estamos indo. Inércia que chama. Trago a provocação sobre a palavra propósito mais no sentido de qual objetivo temos com tudo isso, do que no sentido de uma frase que traga uma roupagem de “mão na consciência” para X marca vender mais produtos. 

É por isso que pergunto. A propósito de quê? Ou melhor, de quem? Hein?

Não se preocupem, não precisam cair das suas cadeiras e nem abandonar seus notebooks, esse aqui não é uma manifesto anticapitalista anarquista, esse é um princípio de um processo de reflexão coletivo pós-capitalista que se propõe ser sementinha da cocriação de novas soluções para uma realidade mais humana e menos utilitarista e segregada, como é nosso atual sistema vigente. Não tenho nenhuma pretensão de tacar a bomba na indústria, porém, não vejo porque não questionar para onde esse trem continua correndo. 

Será que o que queremos é uma indústria de comunicação?

Será que queremos manter essa lógica de produção?

Será que queremos criar e alimentar comunidades para manter uma exploração?

Será que queremos que toda energia e renda gerada com nossa criatividade continue nas mesmas mãos?

Pois bem, comunidade humana, ou melhor seria, humanidade. 

A propósito do quê? 

Continuo a minha reflexão na segunda parte do textão... Lê lá!


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